by The Madame X » Thu Aug 12, 2010 4:03 pm
A Transformação da Consciência Pessoal e Interpessoal
Parte 6 - O Despertar
Por Madame X (c) 2010
O Despertar é um período de transição que catalisa uma evolução interna das travas á iluminação a qual denominamos de Zeper, e o desenvolvimento duma nova consciência pelo que somos e pelo mundo que nos rodeia. Sem qualquer preparação perante esta adaptação podemo-nos afogar num mar de confusão, depressão e ira.
É por isso importante nos dedicamos ao estudo do Despertar e entender a transformação da Consciência, oferecendo luz para que possamos não só entender melhor a nossa auto-consciência e aprofundar o nosso auto-conhecimento, mas também criar uma auto-aceitação do que somos e do que pensamos para que possamos encaixar melhor na realidade das exigências quotidianas
A transformação da consciência pessoal e interpessoal que inclui: a realização que somos diferentes dos outros, o presságio da condenação e o pressentimento que algo terrível vai acontecer, a impaciência, o desejo da fuga, as catarses, a alteração no tipo de socialização, o encontro de mentores, o regresso á espiritualidade, desenvolvimento da integridade, a auto-realização, o preenchimento e o verdadeiro propósito do vampiro de hoje.
Ser diferente
Os nossos interesses, a nossa natureza interior, o nosso visual, e a forma como interpretamos a realidade sempre nos fez sentir diferentes do resto das pessoas que nos rodeiam; mas isto não é o mesmo, é algo mais profundo para com nos mesmos.
O Despertar pode causar um sentimento de que tudo na nossa vida está transformado, e que de certa maneira deixamos de ser e até já abandonamos aquela pessoa que antes éramos. É possível sentirmo-nos diferentes repentinamente; onde um dia simplesmente acordamos e nos sentimos mais à vontade, entendendo quem realmente somos, e como o que somos se enquadra na nossa vida; tal como se a nossa vida até este ponto tivesse sido um puzzle cujas peças acabaram de se unir.
Também é possível que este sentimento de sermos diferentes se possa desenvolver lentamente, onde nos sentimos cada vez mais distantes dos velhos amigos, das antigas actividades, e da maneira de pensar mundana deste mundo que outrora foi parte do nosso passado. A nossa antiga maneira de ser, as nossas convicções e o nosso comportamento ao longo do tempo se foi alterando pois ultimamente temos vindo a acolher novas formas de pensar que muitas vezes exigem um processo interno de integração. Esta adaptação não é sempre confortável nem plácida; às vezes pode até ser bastante confusa.
Mudaste!? Sim, mudamos!
Tanto podemos sentir um incrível sentimento de somos parte de algo místico e indispensável, que nos traz preenchimento e harmonia ou ... pode até o contrário, em que parece que estamos completamente sozinhos á beira de um abismo temível. Muitas vezes é preciso harmonizar a nossa Vontade e modificar a nossa maneira de pensar para evitar que a nossa evolução nos leve a um estado de profunda ansiedade ou depressão. Com isto quero dizer que todos os obstáculos são desafios do nosso carácter e oportunidades de crescimento material e espiritual.
Temos de acolher o facto de que somos diferentes com orgulho entendendo que nós, Os Filhos da Noite despertados, termos um recanto muito especial na sociedade de hoje, proclamando uma nova era. Com cada onda do nosso Despertar renascemos, e temos a oportunidade de evoluir e ai temos de ser pacientes, corajosos, aventureiros, e sobretudo confiar na nossa perspicácia interior. De certa forma, somos seres transcendentais em constante estado de crescimento e evolução. Esta Auto-Evolução e transformação espiritual é o que chamamos Zeper (Kheper, Xeper, Zephyr, etc.. dependendo da filosofia).
O presságio da condenação e o pressentimento
O pressentimento que algo mau é iminente paira sobre a nossa cabeça como uma nuvem sombria. Este presságio da condenação pessoal, interpessoal ou até global pode provocar uma ansiedade desastrosa que pode prejudicar nossa atenção para com outros assuntos, que talvez possam ser mais importantes ou mais concretos. As coisas á nossa volta estão definitivamente a acontecer, somos na verdade catalisadores da transição; mas nem todas as transições vão para o mal. Por vezes até pior situação pode ter uma boa conclusão e gerar mais oportunidades. Até aqueles longos momentos de paz nos compelem a pensar que algo horrível vai acontecer em seguida. É claro que isto não é necessariamente assim, mas a vida vai continuar a encher e vazar, e continuaremos a vivenciar a perca, a morte, e fracassos, assim como grandes amores, alegrias e êxitos.
A conotação de “gloom and doom” ou "pessimismo" é frequentemente associada aos filhos da Noite, mas isto não tem de necessariamente ser assim. Embora podemos continuar a apreciar a escuridão e o mundo das sombras, os nosso ser íntegro pode ser feliz, encontrando enorme alegria no que somos e uma profunda satisfação na nossa auto evolução, ou Zeper.
Para isso temos de alcançar um estado de calma para superar quaisquer maus pressentimentos. Uma certa quantidade de preocupação até é saudável, se a utilizarmos para melhorar a situação que enfrentamos; pois o medo pode ser um grande motivador. Mas preocupação irracional sem qualquer fundamento pode ser um factor que nos imobiliza impedindo-nos de avançar e evoluir. É claro que podemos aprender a explorar este quantificável assombramento e o utilizar para eventualmente identificar áreas problemáticas. Mas se não conseguirmos encontrar uma forma de canalizar este sentimento de perdição e condenação podemos (temporária ou permanentemente) parar o nosso Despertar assim como o nosso desenvolvimento psicológico e material.
A Impaciência
O nosso Despertar faz-nos lembrar que há muito a fazer para chegar onde queremos estar. Há muito para aprender, descobrir e praticar, mas quanto mais aprendemos mais ainda nos apercebemos que existe. Sem moderação a impaciência traz a desordem, a confusão, a inquietação e a ansiedade da mente, do coração e da alma. A impaciência muitas vezes leva-nos a más decisões e a acções impulsivas.
Sendo Filhos da Noite despertados, inerentemente detestamos a incerteza, mas temos de aprender a conviver com ela, porque pouquíssimo no nosso mundo se manifesta uma linha recta. Precisamos de saber utilizar a temperança e a moderação, entendendo que tudo chegará quando estivermos preparados para o receber, e nunca mais cedo. Também temos de aprender a ter paciência com aqueles de menor visão, e ter ainda mais paciência com aqueles que se opõem ao que fazemos.
A chave vital para garantir o ritmo do sucesso em todos os nossos empenhos é o auto-conhecimento; o auto conhecimento das nossas capacidades, talentos e limitações. Temos de entender que é no conquistar das marés de emoção e de atitudes reaccionárias que o sucesso resulta em todas as coisas. Conseguir este estado de tranquilidade interior exige muita paciência, prática e disciplina: tanto mental, como emocional, espiritual, e física. Na verdade não há atalhos; e aqueles caminhos que parecem ser atalhos pode até ser perigosos afastamentos. É preciso ter em mente que a nossa expedição ao Despertar é sobre a jornada, e não a meta final ou o objectivo propriamente dito.
Escolhemos o 'mais alto caminho', 'o caminho menos percorrido', e assim devemos aprender a confiar no nosso “eu” superior, nos nossos instintos, na nossa sabedoria e a nossa perspicácia. Em equilíbrio, esta nossa impaciência pode também vir a ser uma grande força motivadora e fonte de incentivo. Podemos usar a nossa impaciência para procurar mentores e amigos benéficos que partilham os nossos objectivos, e para procurar as respostas ás nossas perguntas mais íntimas.
O desejo da fuga, o subterfúgio ou o escapismo
O suicido é uma fuga, e infelizmente muitos Filhos da Noite sofrem esse final desnecessário. Durante o Despertar pode haver duas fases de escapismo.
A primeira fase é quando descobrimos a nossa natureza. Para alguns de nós, isto é uma fantasia absurda e portanto temos que a resistir custe o que custar. Geralmente acabamos entrando numa grande batalha interna com sentimentos de negação. Podemos até vir a evitar tudo e todos que nos podem lembrar de quem realmente somos. Durante o Despertar, conscientemente enfrentamos a nossa “sombra”, o que pode ser algo bastante amedrontador; mas isto é um aspecto intrínseco e necessário no nosso Zeper, e disto não existe nenhuma fuga.
A segunda fase do sentimento de Escapismo acontece no momento em que finalmente reconhecemos que o Zeper é inevitável. Começamos a aceitar o nosso Despertar, e podemos até vir a pensar que o que está a acontecer vai ser o fim dos nossos problemas. Infelizmente não nos vamos livrar dos nosso fracassos, tristezas e problemas dum dia para o outro; vida vai continuar a decorrer e continuaremos a vivenciar a perca, a morte, paixões, alegrias e êxitos talvez ainda mais agora.
O Despertar não é uma fuga.
Podemos no entanto, desejar nos libertar de rotinas restritivas, de postos de trabalho escoantes, de estilos de vida co-dependentes, e de indivíduos ou circunstâncias tóxicas. Podemos também desejar de ser livres par ser e manifestar quem realmente somos. Podemos até desejar nos distanciar de distracções que já não servem nem nos ajudam no nosso caminho nem na nossa natureza. É possível que nos encontremos á procura duma fuga na literatura, na música, na arte e na natureza; isto até é bom desde que não interfira nas nossas responsabilidades diárias. Embora não possamos completamente despedir nossas responsabilidades do dia a dia “dayside”, devemos de excluir em concreto aquelas pessoas e actividades esgotantes que nos limitam e que pouca ou nenhuma finalidade têm. Só assim podemos encontrar tempo para fugir para onde podemos verdadeiramente ingressar na exploração do auto-conhecimento, dar uma oportunidade de expressão á consciência e aprofundar da nossa interligação com o universo.
Acontecimentos Catárticos
Uma Catarse é uma "purificação da alma" ou "transformação do ser" que acontece por meio de uma descarga emocional seguida por uma forte resolução pessoal. Catarses podem ser provocadas por uma perca, uma desgraça, ou uma serie de tragédias pessoais, assim como pela observação ou participação numa actividade emocional ou espiritual como por exemplo um ritual. Outro exemplo. Sei que alguns de vocês conhecem a historia de Édipo Rei “Oedipus Rex” escrita por Sófocles. Sofocles era mestre da exploração deste tipo de acontecimento catártico.
O Despertar muitas vezes catalisa uma série de acontecimentos imprevistos que alteram a nossa vida e afectam permanentemente a perspectiva de quem somos, do que somos capazes de fazer, e do que entendemos da vida e do universo. O início do Despertar em si, é um acontecimento catártico que por sua vez pode catalisar uma série de eventos sem relação aparente.
Estes acontecimentos que tanto mudam a nossa vida podem incluir: um nascimento, uma morte de alguém chegado a nós ou até mesmo mortes múltiplas ou em sequencia, uma doença perigosa ou mortal, um casamento inesperado ou um divórcio, a descoberta dum mentor, uma promoção incrível ou pior, a perca de trabalho, obter um novo lugar para viver ou perde-lo devido a finanças ou outra desgraça, um acidente ou uma catástrofe natural, uma Experiência de Quase Morte (EQM), até mesmo um pesadelo horrível, uma visão ou visitação de entes astrais... e quaisquer outros possíveis fatores que podem afectar drasticamente o sentido da normalidade. A maior parte das vezes é mais do que uma coisa com que nos defrontamos simultaneamente, e isso nos obriga a agir rapidamente, stressados e sob tensão, demonstrando o nosso carácter e determinação.
Acontecimentos catárticos causam um desequilíbrio na nossa vida, e é este processo interno juntamente com o decorrer do nosso Despertar que pode dar uma enorme e inesperada reviravolta á nossa vida. Este é um processo de morte pessoal (tânatos) que pode ser algo desnorteante e bastante assustador. Aqui é preciso deixar morrer o velho para dar lugar ao novo, e como o Fénix nos podermos elevar renascidos e renovados. Por isso tudo o que tem de ir, temos de deixar ir; temos de acolher as alterações da nossa vida, e estar preparados para o nosso Zeper.
Conscientemente ou não, estas catarses desencadeiam culminações emocionais súbitas que incluem grandes sentimentos de alegria, tristeza, vergonha, ou qualquer outra alteração intensa das emoções que acabam por provocar a restituição, a revitalização e o auto-renascimento. Este processo é como um estado de tumulto pessoal que abre o caminho ao encerramento dos antigos problemas e a uma limpeza emocional. A expressão destas profundas emoções sobre as causas de problemas que nunca antes expressamos, é necessária, pois constitui uma liberação integral ao nosso Zeper que nos dirige a abrandar o passo ou a actuar... simplificar ou construir ... separar ou formar ligações, ter compaixão, demonstrar empatia, e finalmente a examinar quem verdadeiramente somos e o que é realmente importante na nossa vida.
A Socialização
O Despertar pode desencadear de modo permanente ou temporário uma inversão de comportamento social. Isto pode ser uma surpresa para muitos indivíduos que sempre foram extrovertidos que agora preferem um certo isolamento e perderam o interesse por actividades mais gregárias, ou pelo contrario, indivíduos que sempre foram introvertidos começam finalmente a descobrir os seus nichos sociais, a ter mais amigos e a socializar mais frequentemente.
O Despertar implica não só que vamos encontrar um mundo desconhecido dentro de nós mesmos, mas também que vamos encontrar um novo mundo de informação e de indivíduos que partilham os nossos interesses, natureza e práticas. Uns encontram círculos de amigos onde podem trocar ideias e crenças, criar laços e participar em encontros sociais. Outros podem fazer exactamente o contrario e passar inúmeras horas em casa a meditar, a desenvolver ritual, a fazer trabalho corporal, ou a investigar fontes de possível informação como livros e o Internet.
Este livros não são apenas boa leitura sobre filosofia e praticas, mas oferecem também dicas sobre grupos sociais e organizações internacionais on-line.
Existem na realidade muitos grupos on-line que não só fornecem material informativo mas que oferecem fóruns de discussão e áreas de conversa privada em temo real, como esta, onde poderemos discutir questões pertinentes, fazer comparações e pesquisar entre amigos. É importante também afastarmo-nos dos livros e dos computadores, procurando interações directas com pessoas que possam facilitar e avançar o processo do nosso Despertar. Muitos de nós somos entes solitários por natureza e temos mesmo de nos esforçar para interagir com outros; reparem que estou a dizer 'interagir' e não a dizer 'conformar'.
Socialização em pessoa é possivelmente o tipo de interacção mais gratificante que podemos ter, pois nos relacionamentos reais da vida temos a oportunidade de utilizar os nossos conhecimentos e talentos em contexto real. Podemos inexplicavelmente sentir fortes laços com indivíduos que pouco conhecemos enquanto os nossos melhores amigos de há anos parecem cada vez mais distantes. Atenção, porque mais ainda do que outras pessoas, temos de ser cauteloso com aqueles que escolhemos confiar; temos mais a perder do que qualquer outra pessoa. A nossa reputação e sanidade está em jogo. Não é fácil encontrar Bons Amigos e não podemos pensar que todos são de confiança, nem que todos são nossos irmãos; nem mesmo aqueles que compartilham tanto connosco. Este é talvez um dos erros mais caros que podemos fazer especialmente se somos novos á comunidade. Por isso temos de dar tempo as novas relações antes de nos investirmos.
É possível também formar laços fortes com o universo e sua energia, e é portanto possível que os astros e os movimentos celestiais, especialmente fases lunares, venham a influenciar as nossas necessidades de socialização.
Não sei se já repararam, mas geralmente com a lua cheia queremos ser mais gregários e com a lua minguante desejamos mais momentos de solidão.
A alimentação pranica também, pode afectar a nossa necessidade de socializar, como nos tornamos mais conscientes da necessidade de tomar prana, quer seja por meios sanguíneos ou energéticos, precisamos de maior interação social.
Os nossos amigos e família certamente vão se aperceber da mudança no nosso comportamentos social e vão achar estranho, porém tanto a introversão como a extroversão, são boas oportunidades para confirmar ou descartar alguns medos e dúvidas que possamos sentir, sendo ambas maneiras de estudar e investigar quem somos afinal e dar inicio á nossa auto-realização. E, é através da socialização que vamos encontrar aqueles que reconhecemos como mentores.
Ao Encontro de Mentores
Ninguém deve atravessar o Despertar desamparado; devíamos procurar a companhia de alguém sábio que possa oferecer conselho e apoio. Estes mentores podem ser pessoas que desempenham papel importante de ensino na nossa vida, mas podem também ser livros, filmes, a natureza, estranhos que entram monetariamente na nossa vida, e até as ocorrências à nossa volta onde cada experiencia é uma oportunidade de demonstrar a nossa natureza o nosso conhecimento e o nosso carácter.
Pode não ser fácil encontrar um bom mentor que compartilhe ou ultrapasse o nosso nível de entendimento, que esteja disposto a fornecer orientações e expansão, que seja solidário com o que estamos a atravessar, e que não peça algo que não lhe podemos dar... Mas quando começamos a perceber que queremos e precisamos de um mentor, os professores aparecem para nos ajudar no nosso caminho. A questão aqui é reconhecê-los e estar prontos para os aceitar. Anciãos da comunidade vampírica, instrutores de artes marciais ou de ioga, educadores de filosofia, sacerdotes e sacerdotisas, autores, lideres de confrarias ou de escolas de magia, etc.. podem ser bons mentores. A chave é reconhecer quem nos poderá ajudar da melhor maneira, porque se bem que possamos aprender com ambas as experiências (negativas e positivas), é sempre melhor evitar chatices e tristezas.
Compete a nós fazermos uma investigação sobre qualquer futuro mentor para determinar se são ou não entendidos, se são respeitáveis, e se partilham uma ética compatível á nossa, assim como interesses e métodos de ensino.
Certamente não devemos ser levados por aqueles que nos querem cativar com lisonja... rs ... ou graxa, ou por aqueles que nos querem deslumbrar, e levam contando histórias duvidosas onde são sempre eles os heróis; em vez disso devemos observar a sua boa vontade, a sua honestidade, e o seu comportamento responsável ao longo do tempo.
Devemos ter cuidado para também não idolatrizar o nosso mentor, porque se trata apenas de uma pessoa humana com carências e dificuldades. O nosso mentor pode não ser compatível connosco em todos os aspectos. Temos de aprender a colaborar com o nosso Mentor no que ele ou ela nos pode ensinar e descontar as áreas em que não. Tendo em mente que nunca podemos aprender mais do que estamos abertos e preparados para o fazer, é importante reconhecer ‘se’ e ‘quando’ ultrapassamos as capacidades do nosso mentor. Ás vezes é simplesmente hora de partirmos ou de obter múltiplos mentores como por exemplo numa família completa. Na comunidade vampírica estas famílias são também chamadas casas, confrarias, e ordens... templos e lojas também, mas com menos frequência.
Por vezes os nossos mentores são entes astrais ... seres desencarnados ... espíritos ... alguns que chamamos de Antigos. Ao ir ao encontro dos Antigos, de círculos sociais, de mentores e de famílias vampíricas, é essencial reconhecer a nossa espiritualidade.
O Regresso á Espiritualidade
A Espiritualidade é não uma religião, não é nenhum conjunto específico de crenças religiosas, nem uma prática ou ideia especial de encarar a divindade. Espiritualidade é ter coragem para continuar a buscar quem somos através de múltiplas camadas de identidade pessoal, desejosos por conhecer mais sobre o que somos e sobre o universo à nossa volta.
Ao aprofundarmos o conhecimento sobre a nossa natureza interior e sobre a nossa missão de vida como Filhos da Noite despertados, começarmos a sentir um desejo de estabelecer uma forte ligação espiritual que nos possa oferecer uma revelação, ou seja um caminho espiritual que explique e confirme a nossa natureza. Este desejo pode até criar dentro de nós um interesse por espiritualidade pela primeira vez.
Alguns de nós, Os Filhos da Noite Despertados, podem até encontrar verdades espirituais, orientação, e ligação em obras de fantasia ou de pura ficção cientifica. Essencialmente, não importa onde encontramos as Nossas verdades espirituais desde que estas façam sentido para nós. Estas verdades mexem connosco tão profundamente ressoando dentro de nós como se fossem chaves perdidas que de repente nos aproximam da divindade, e nos facilitam uma perspectiva que nunca antes teríamos considerado. Enquanto alguns de nós podemos laborar durante longos períodos de tempo para alcançar a verdade espiritual, não podemos esquecer que esta virá quando estamos prontos para a abraçar e nunca mais cedo. A espiritualidade não é uma meta final mas uma jornada, assim como o Despertar.
Alguns de nós encontramos verdades espirituais na natureza, na ciência, na oração, no ritual, na energia universal, na reencarnação, na magia, nos milagres, na profecia, nos sonhos, no destino, e no amor … outros encontram um portal espiritual através do Ecletismo, do Budismo, do Paganismo, do Satanismo, do Taoísmo, do Assetismo, da Egiptologia, da Wicca, da Ioga, dos estudos Gnósticos, das leis magicas do Caos, ou de qualquer outra religião, prática ou caminho espiritual. Quando encontramos esse portal, essa obvia ligação espiritual , podemos vir a aprender esse caminho como se fosse um habito normal, prontos para o próximo passo, como se já tivéssemos feito isto antes... e quem sabe, talvez até já o fizemos noutra vida.
O Desenvolvimento da Integridade
O Despertar traz consigo a coragem de sermos verdadeiros em todos os aspectos. A coragem para sermos honestos, não só com os outros mas também com nós mesmos. Este é o ponto culminante da nossa auto-conscientização.
A honestidade se torna importante em todas as nossas relações, porque reconhecemos que é tempo de ir ao encontro das nossas verdades e não tememos dar-lhes voz. Realizamos que é importante estarmos rodeados por pessoas que nos apreciam pelos nossos pontos fortes assim como pelas nossas fraquezas, e começamos a apreciar os outros da mesma maneira. Temos um desejo interno de ser verdadeiros, especialmente para aqueles próximos a nós, e muitas vezes acabamos por desprezar aqueles que não o são. Pois se não são entes íntegros, certamente não são seres despertados. Por este motivo muitos de nós não podemos suportar qualquer relação, seja esta no ambiente doméstico ou de carreira, que não apoie o que somos.
Integridade é uma força interior que nos leva a dizer o que pensamos, a oferecer bons conselhos e a agir, mesmo que isso signifique recusar ou aceitar algo que antes não ousaríamos, e claro a manter a nossa palavra fazendo apenas as promessas que tencionamos manter. Integridade é utilizar a nossa perspicácia para equilibrar o nosso ‘descaramento’ rsrs com diplomacia e tacto.
Integridade é um sentimento de honra onde a honestidade, o respeito, a lealdade, a responsabilidade, a fortaleza, a determinação, a temperança, a compaixão e as outras nossas virtudes espirituais colaboram e edificam a nossa soberania. Estas palavras são os fundamentos do Véu do Sonho Despertado da Casa dos Sonhadores que nos lembra desta nossa soberania e nos recomenda a empregar o Véu do Sonho Despertado ao abraçar o nosso Zeper.
A auto-realização e o preenchimento
As catarses, essa chuva de problemas, de situações stressantes que requerem uma resolução, onde muitas vezes temos de sair de empregos desgastantes, eliminar distracções e terminar relacionamentos com indivíduos tóxicos.
Talvez até seja necessário equilibrar a nossa auto-estima, lealdade, inspiração, co-dependência ou angústia. As nossas faltas podem ser muitas, mas é importante ‘limpar a casa’ e encarar tudo o que surge como outra maneira de demonstrar quem somos, de evoluir e de aprender não só para nós, mas para podermos ajudar os outros. Podemos não ser capaz de resolver tudo sozinhos, por isso devemos de nos aproximar de alguém um mentor, um familiar, um ancião, ou pelo menos um amigo leal que já passou pela mesma coisa.
Ao despertarmos, o mais certo é nos depararmos com múltiplos problemas onde temos de dar uma finalidade imediata, para podermos avançar ao próximo nível do Despertar. Pois são aquelas coisas por resolver que nos impedem de sermos quem somos, que nos imobilizam e que nos cegam ao que é verdadeiramente importante para obter Zeper. Portanto é fundamental resolver e ultrapassar estas barreiras com menos pesos nos ombros pois assim estamos mais aptos a enfrentar o que vem a seguir e que é parte da nossa auto-realização.
O propósito, a missão e a finalidade
O Despertar acorda dentro de nós um desejo de conhecer o nosso propósito e finalidade. Nos sentimos obrigados questionar, a investigar, a compartilhar, e a ser introspectivos, tentando entender quem somos e porque estamos aqui.
O Despertar nos leva a querer algo que o mundo quotidiano e materialista simplesmente não nos pode oferecer. Estamos a chegar a um entendimento sobre o que somos e agora temos se saber: Qual a razão? Qual é a nossa missão? Porque somos o que somos?
Será um relacionamento com alguém? Um relacionamento com varias pessoas? Um relacionamento com a divindade? Conceber uma criança? Ressuscitar um desconhecido? Mentorar a juventude? Validar um ideal? Mobilizar a Comunidade? Proteger alguém? Dedicar a nossa afabilidade? Talvez...
O que é certo é que não podemos viver à espera de que um só propósito. Se bem que todos temos uma missão principal, a nossa vida é preenchida por uma miríade de objectivos impossíveis de quantificar. Temos de estar preparados para cumprir múltiplas funções que iram moldar o futuro de formas imprevisíveis.
Nós, os Filhos da Noite Despertados somos catalisadores de mudança, afectamos tudo o que nos rodeia. Há nossa volta há movimento, cambio, consequências, e evolução. É claro que somos ambiciosos e queremos metas cada vez mais altas; onde os outros param, o desafio nos encanta. É possível que alguns de nós tenham um sentimento muito forte de finalidade pessoal, mas geralmente é difícil verdadeiramente o conhecer sem observar o passado, o futuro da nossa vida e para além dela.
Há algo que nos sussurra que a hora do vampiro se aproxima. O mundo em si chama por nós...Somos os derradeiros feitores do nosso destino. Escolhemos o nosso próprio caminho e ousamos manifestar os nossos sonhos na realidade.
Se reconhecemos e seguimos o nosso coração, o nosso propósito, a nossa missão e a nossa finalidade individual se abrirá diante de nós.
Em Conclusão
Este é o Zeper do vampiro das trevas á iluminação, os seus abismos intransponíveis e o seu existencialismo. É esta a metamorfose que eleva a sua consciência social, interior e espiritual. Algo que espero ser parte do despertar de não só vampiros mas de todos os indivíduos.